Série:
- Câncer - Principal Causa de Morte em 10% das Cidades Brasileiras
- Câncer - Homens são os que mais morrem
- Câncer - Envelhecimento e maior IDH influenciam
- Câncer - Aumento de 90% nas mortes desde 1998
Mas, entre as diversas doenças que envolvem o coração, o Câncer não costuma ser uma delas. Tumores no coração são muito raros. Enquanto os primários (originários no órgão) representam cerca de 0,05% do total das neoplasias, os metastáticos correspondem de 1 a 2% dos casos. No entanto, em 75% dos casos, os tumores são doenças benignas que não causam metástase. O Mixoma - o mais comum entre eles - apresenta uma consistência gelatinosa e é tratado com cirurgia.
Se o coração for atingido por um Câncer, é importante o acompanhamento de especialistas. Tumores cardiovasculares malignos apresentam prognóstico complicado, porque surgem, principalmente, após a ação metastática de linfomas, sarcomas, melanomas malignos e neoplasias de mama ou pulmão.
Células tumorais metastáticas podem chegar ao coração por dois modos. Pela via hematogênica, que é a transmissão de células da doença pelo sangue ou por implante nas valvas (válvulas), no miocárdio ou no pericárdio. Outro modo é por proximidade (contiguidade), quando o Câncer está em locais próximos, como o pulmão, pleura, mama e mediastino.
Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor. Se houver obstrução dos átrios ou ventrículos, além da estenose (estreitamento anormal das valvas do coração), as células tumorais podem adentrar na circulação sanguínea e bloquear artérias do pulmão, causando embolia. Se ocorrer na região do miocárdio ou do pericárdio, pode surgir a arritmia (presença de batimentos cardíacos anormais) e parada cardíaca.
Diagnóstico, Tratamento e Fatores de Risco
Por ser incomum e apresentar sintomas semelhantes aos de outras doenças cardiovasculares, o diagnóstico do Câncer no coração pode ser dificultado por não haver a suspeita inicial. Entre os principais exames que podem ajudar na detecção estão o ecocardiograma, a tomografia computadorizada do tórax e a ressonância nuclear magnética do coração.
Um Câncer metastático que atinge o coração geralmente indica uma doença agressiva e que pode comprometer a resposta ao tratamento quimio e radioterápico. O procedimento terapêutico mais utilizado é a cirurgia, no entanto, cada caso é avaliado individualmente, considerando os riscos e benefícios da operação.
São desconhecidos fatores de riscos para o desenvolvimento do Câncer de coração. "Não dá para associar com tabagismo, má alimentação ou outros hábitos, pois o campo de estudo epidemiológico ainda é bastante pequeno.
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