Atualizado em 22.08.23
As DTNs (Doenças Tropicais Negligenciadas - Neglected Tropical Diseases) - afetam 1,5 bilhão de pessoas em 149 países.
Algumas das DTNs são causadas por protozoários como a malária, leishmaniose e a doença de Chagas. Outras são causadas por vermes, por exemplo, a esquistossomose. Já a dengue é causada por um vírus. A infecção por doenças tropicais representa um dos maiores desafios para a ciência, na busca por vacinas e medicamentos e em termos de saúde pública, por afetar populações vulneráveis que nem sempre têm acesso a tratamentos adequados. Além disso, fatores como a rápida urbanização, a falta de planejamento, as mudanças climáticas e a intensa circulação de pessoas contribuem para que esse problema se torne cada vez mais uma questão global.
Vários exemplos podem ser citados para ilustrar as ações internacionais dedicadas a reduzir o impacto global devastador das NTDs. Importantes alianças têm sido intensificadas entre a OMS e a Indústria Farmacêutica, tais como:
GlaxoSmithKline (GSK)
Com a doação de 400 milhões de comprimidos por ano (a partir de 2012) de albendazol para o tratamento de crianças com vermes intestinais, que vem a somar-se aos outros 600 milhões de comprimidos por ano de albendazol da GSK do Programa Global de Eliminação da Filariose Linfática, totalizando 1 bilhão de comprimidos.
Sanofi
Renovou em março de 2011 o seu acordo para doação de quantidades ilimitadas de eflornitina, melarsoprol e pentamidina para o tratamento da tripanossomíase africana. A empresa apoia também o programa da OMS de controle da tripanossomíase africana, com um valor de US$ 25 milhões por um período de 5 anos. Outros programas que recebem apoio são voltados para o tratamento da Úlcera de Buruli, Doença de Chagas, Leishmaniose e Bouba.
Bayer
Expandiu seu acordo com a OMS aumentando a sua doação de nifurtimox para 5 milhões de comprimidos até 2017 para o tratamento das tripanossomíases americana e africana. A empresa doa também quantidades ilimitadas de suramina para o tratamento da tripanossomíase africana, auxiliando também com o financiamento e a logística para a distribuição dos medicamentos.
Johnson & Johnson
Está expandindo sua doação de 50 milhões de comprimidos de mebendazol para 200 milhões por ano.
Novartis
Continuará a doação do tratamento quimioterápico (rifampicina, dapsona e clofazimina) para hanseníase até 2015, incorporando também a doação de triclabendazol para o tratamento da fasciolíase.
Pfizer
Continuará a doação de quantidades ilimitadas de azitromicina para o tratamento do tracoma.
Merck & Co
Fornecerá suprimentos ilimitados de ivermectina para as regiões afetadas pela filariose linfática e oncocercose.
Merck KGaA
Contribuirá para o controle da esquistossomose com a doação de 200 milhões de comprimidos de praziquantel ao ano, até 2017. Estes são dados significativos que mostram o papel essencial das alianças internacionais para o combate das DTNs em todo o mundo.
Outros importantes exemplos de alianças globais reúnem parceiros públicos e privados na luta contra as doenças mais devastadoras. Em 30 de janeiro de 2012, em uma reunião no Royal College of Physicians em Londres, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, anunciou a aprovação da Declaração de Londres para erradicar, eliminar e intensificar o controle das principais DTNs até o final desta década. A publicação do chamado WHO roadmap define ações ousadas para acabar com a miséria causada pelas DTNs. Nesta iniciativa, a OMS contará com o apoio dos governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes, além de várias grandes companhias farmacêuticas, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Banco Mundial. As principais medidas anunciadas incluem:
- A manutenção e a expansão de programas de doação de medicamentos para suprir as demandas até 2020.
- O fornecimento de cerca de US$ 800 milhões para apoiar os programas de eliminação de doenças.
- A implementação e fortalecimento de programas de distribuição de medicamentos.
- O incentivo a integração de esforços e a investigação de novos compostos para promover o desenvolvimento de novos medicamentos.
Este último item é de especial interesse no contexto desta contribuição que tem como foco explorar os desafios e oportunidades na área de novos fármacos para as DTNs.
As DTNs (Doenças Tropicais Negligenciadas - Neglected Tropical Diseases) - afetam 1,5 bilhão de pessoas em 149 países.
Algumas das DTNs são causadas por protozoários como a malária, leishmaniose e a doença de Chagas. Outras são causadas por vermes, por exemplo, a esquistossomose. Já a dengue é causada por um vírus. A infecção por doenças tropicais representa um dos maiores desafios para a ciência, na busca por vacinas e medicamentos e em termos de saúde pública, por afetar populações vulneráveis que nem sempre têm acesso a tratamentos adequados. Além disso, fatores como a rápida urbanização, a falta de planejamento, as mudanças climáticas e a intensa circulação de pessoas contribuem para que esse problema se torne cada vez mais uma questão global.
Vários exemplos podem ser citados para ilustrar as ações internacionais dedicadas a reduzir o impacto global devastador das NTDs. Importantes alianças têm sido intensificadas entre a OMS e a Indústria Farmacêutica, tais como:
GlaxoSmithKline (GSK)
Com a doação de 400 milhões de comprimidos por ano (a partir de 2012) de albendazol para o tratamento de crianças com vermes intestinais, que vem a somar-se aos outros 600 milhões de comprimidos por ano de albendazol da GSK do Programa Global de Eliminação da Filariose Linfática, totalizando 1 bilhão de comprimidos.
Sanofi
Renovou em março de 2011 o seu acordo para doação de quantidades ilimitadas de eflornitina, melarsoprol e pentamidina para o tratamento da tripanossomíase africana. A empresa apoia também o programa da OMS de controle da tripanossomíase africana, com um valor de US$ 25 milhões por um período de 5 anos. Outros programas que recebem apoio são voltados para o tratamento da Úlcera de Buruli, Doença de Chagas, Leishmaniose e Bouba.
Bayer
Expandiu seu acordo com a OMS aumentando a sua doação de nifurtimox para 5 milhões de comprimidos até 2017 para o tratamento das tripanossomíases americana e africana. A empresa doa também quantidades ilimitadas de suramina para o tratamento da tripanossomíase africana, auxiliando também com o financiamento e a logística para a distribuição dos medicamentos.
Johnson & Johnson
Está expandindo sua doação de 50 milhões de comprimidos de mebendazol para 200 milhões por ano.
Novartis
Continuará a doação do tratamento quimioterápico (rifampicina, dapsona e clofazimina) para hanseníase até 2015, incorporando também a doação de triclabendazol para o tratamento da fasciolíase.
Pfizer
Continuará a doação de quantidades ilimitadas de azitromicina para o tratamento do tracoma.
Merck & Co
Fornecerá suprimentos ilimitados de ivermectina para as regiões afetadas pela filariose linfática e oncocercose.
Merck KGaA
Contribuirá para o controle da esquistossomose com a doação de 200 milhões de comprimidos de praziquantel ao ano, até 2017. Estes são dados significativos que mostram o papel essencial das alianças internacionais para o combate das DTNs em todo o mundo.
Outros importantes exemplos de alianças globais reúnem parceiros públicos e privados na luta contra as doenças mais devastadoras. Em 30 de janeiro de 2012, em uma reunião no Royal College of Physicians em Londres, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, anunciou a aprovação da Declaração de Londres para erradicar, eliminar e intensificar o controle das principais DTNs até o final desta década. A publicação do chamado WHO roadmap define ações ousadas para acabar com a miséria causada pelas DTNs. Nesta iniciativa, a OMS contará com o apoio dos governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes, além de várias grandes companhias farmacêuticas, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Banco Mundial. As principais medidas anunciadas incluem:
- A manutenção e a expansão de programas de doação de medicamentos para suprir as demandas até 2020.
- O fornecimento de cerca de US$ 800 milhões para apoiar os programas de eliminação de doenças.
- A implementação e fortalecimento de programas de distribuição de medicamentos.
- O incentivo a integração de esforços e a investigação de novos compostos para promover o desenvolvimento de novos medicamentos.
Este último item é de especial interesse no contexto desta contribuição que tem como foco explorar os desafios e oportunidades na área de novos fármacos para as DTNs.
DTNs - Doenças Tropicais Negligenciadas - Neglected Tropical Diseases:
- DTNs - Introdução
- DTNs - Estratégias e Alianças
- DTNs - Medicamentos são Urgentes
- DTNs - Iniciativas de P&D
- DTNs - Medindo o impacto das DTNs
DTNs - Doenças Tropicais Negligenciadas - Neglected Tropical Diseases:
- DTNs - Introdução
- DTNs - Estratégias e Alianças
- DTNs - Medicamentos são Urgentes
- DTNs - Iniciativas de P&D
- DTNs - Medindo o impacto das DTNs
Referências:
Pinto, A. C.; Zucco, C.; Galembeck, F.; Andrade, J. B.; Vieira, P. C.; Quim. Nova 2012, 35, 2092.
http://www.who.int/neglected_diseases/2010report/WHO_NTD_report_update_2011.pdf, acessada em Setembro de 2013.
Accelerating Work to Overcome the Global Impact of Neglected Tropical Diseases: A Roadmap for Implementation. World Health Organization, 2012.
Adams, J.; Gurney, K. A.; Pendlebury, D.; Thomson Reuters Global Research Report, Neglected Tropical Diseases. Thomson Reuters, 2012.
Nwaka, S.; Ramirez, B.; Brun, R.; Maes, L.; Douglas, F.; Ridley, R.; PLoS Negl. Trop. Dis. 2009, 3, e440.
http://www.doctorswithoutborders.org/events/symposiums/2012-lives-in-the-balance/assets/files/Medical-Innovations-for-Neglected-Patients.pdf, acessada em Setembro de 2013.
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Guido, R. V. C.; Oliva, G.; Andricopulo, A. D.; Pure Appl. Chem. 2012, 84, 1857.
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Balakin, K. V.; Tkachenko, S. E.; Kiselyov, A. S.; Savchuk, N. P.; Drug Discov. Today: Technol. 2006, 3, 397.
Kitchen, D. B.; Decornez, H.; Furr, J. R.; Bajorath, J.; Nat. Rev. Drug Discovery 2004, 3, 935.
Dimasi, J. A.; Hansen, R. W.; Grabowski, H. G.; J. Health Econom. 2003, 22, 151.
Nwaka, S.; Ridley, R. G.; Nat. Rev. Drug Discovery 2003, 2, 919.
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