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AVISO LEGAL e o Que são Doenças Raras

✔ Doenças Raras Doem® - A palavra doença é derivada do latim dolens, ēntis no sentido de que se aflige, que causa dor, padecimento. É o distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo e está associado a sinais e sintomas específicos.

As informações disponibilizadas nesta página devem ser utilizadas apenas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.

As DRs - Doenças Raras - são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição.
 
O conceito de DR, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, são doenças que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1.3 para cada 2 mil pessoas.
 
Existem de seis a oito mil tipos de Doenças Raras, em que 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80% têm origem genética. Algumas dessas DRs se manifestam a partir de infecções bacterianas ou causas virais, alérgicas e ambientais, ou são degenerativas e proliferativas.

Leishmania Amazonensis

Leishmania Amazonensis


A Leishmaniose é um gênero de protozoários da família Trypanosomatidae, que inclui os parasitas causadores das leishmanioses. O gênero é dimórfico, possuindo duas formas principais, a amastigota intracelular e a promastigota flagelada. O ciclo de vida é heteroxênico com um hospedeiro invertebrado e outro vertebrado. As diferentes espécies são transmitidas através de flebótomos do gênero Phlebotomus, no Velho Mundo, ou do gênero Lutzomyia no Novo Mundo. Seus hospedeiros primários são mamíferos e répteis, afetando principalmente, dependendo da espécie, edentados, híraces, roedores, canídeos e humanos.

Morfologia

O gênero compreende parasitas dimórficos que apresentam dois estágios morfológicos principais: o amastigota intracelular, no sistema fagocítico mononuclear do hospedeiro vertebrado, e o promastigota flagelado, no trato intestinal do inseto vetor e em meios de cultura.

A forma amastigota possui formato esférico a ovoide e o tamanho varia de acordo com a espécie, ficando entre 1,5 - 3 por 3 - 5,5 micrômetros. Possui um núcleo esférico localizado em um dos lados, um cinetoplasto em forma de bastão, geralmente próximo ao núcleo, e um flagelo interno rudimentar.


Amastigota
amastigota

Biologia

A forma promastigota é alongada, com aspecto fusiforme ou piriforme, com um flagelo livre na região anterior. O tamanho é variável, mesmo dentro de uma mesma espécie, e depende do estadio da forma promastigota (procíclico ou metacíclico), medindo entre 16 - 40 por 1,5 - 3 micrômetros. O núcleo esférico geralmente se encontra na região central da célula, mas pode variar de posição. O cinetoplasto afina na região anterior.


Promastigota

O ciclo de vida do parasita é heteroxênico, necessitando de dois tipos de hospedeiro, um inseto e outro vertebrado. A Leishmania é transmitida para o vertebrado através da picada da fêmea de um inseto flebótomo, que é hematófaga. O inseto injeta sangue com a forma infecciosa, os promastigotas, no vertebrado. Os promastigotas sofrem fagocitose por macrófagos e se transformam em amastigotas. Estes se multiplicam por divisão binária simples aumentando o número de parasitos no interior do macrófago, que pela quantidade de amastigotas e pela destruição citoplasmática produzida, rompe-se liberando os parasitas no meio intercelular ou corrente sanguínea, fazendo com que outras células sejam infectadas. O inseto se contamina ao ingerir sangue com células parasitadas por amastigotas. No intestino do vetor, os parasitas são liberados e se transformam em promastigotas. Essas formas se multiplicam por mitose no intestino médio ou posterior, dependendo da espécie da Leishmania, atravessam a membrana peritrófica (que rodeia a refeição sanguínea), fixam-se na parede do intestino do vetor e, eventualmente, migram para a válvula estomodeal do vetor, onde formam um tampão que degrada a válvula e impede a ingestão. O inseto, ao realizar outra refeição, é obrigado a ejetar os promastigotas para a pele, de modo a conseguir ingerir sangue, completando, assim, o ciclo.




Nomeclatura e taxinomia

O gênero foi descrito em 1903 por Ronald Ross com o nome de Leishmania, homenageando o patologista escocês William Boog Leishman. Ross também renomeou a espécie Piroplasma Donovani, descrita por Alphonse Laveran e Félix Mesnil no mesmo ano, para Leishmania Donovani, fazendo dela a espécie-tipo para o gênero. Leishman ao observar as formas amastigotas do parasita considerou-o relacionado com os tripanossomos. Ross discordou da hipótese e relacionou o agente a Sporozoa, já Laveran achava que se tratava de um Piroplasmata. Somente quando Leonard Rogers conseguiu cultivar o parasita em meio de cultura é que descobriu-se a forma flagelada da Leishmania, comprovando as ideias iniciais de Leishman.

O gênero está dividido em três subgêneros, Leishmania, Viannia e Sauroleishmania. A Sauroleishmania é considerado por alguns pesquisadores como um gênero distinto, entretanto, análises moleculares confirmam a sua manutenção como um subgênero dentro de Leishmania. Os subgêneros foram inicialmente propostos em 1982 por Saf'janova que classificou as espécies dividindo-as em dois subgêneros baseando-se em características biológicas, Leishmania para os parasitas de mamíferos e Sauroleishmania para os de répteis. Em 1987, Lainson e Shaw subdividiram o subgênero Leishmania, criando um novo grupo denominado Viannia, com base na localização dos parasitos no intestino dos vetores.

A classificação das espécies de Leishmaniose foi inicialmente baseada em parâmetros eco-biológicos como vetores, distribuição geográfica, trofismo, propriedades antigênicas e manifestações clínicas. Entretanto, análises bioquímicas e moleculares demonstraram que os critérios patológicos e geográficos eram frequentemente inadequados e assim outros parâmetros como DNA cinetoplástico, proteínas e antígenos começaram a ser usados para fins taxonômicos. Atualmente uma combinação de critérios biológicos, imunológicos, bioquímicos e moleculares são usados para identificar e classificar as espécies de Leishmania.

Classificação simplificada do gênero Leishmania:

Seção Euleishmaniose
  • Subgênero Leishmaniose Ross, 1903 sensu Saf'janova, 1982
  • Complexo Leishmaniose donovani
Leishmaniose donovani (Laveran & Mesnil, 1903)
Leishmania infantum Nicolle, 1908 (inclui chagasi Cunha & Chagas, 1937)
Leishmania archibaldi Castellani & Chalmers, 1919 (disputada)
  • Complexo Leishmania tropica
Leishmania tropica (Wright, 1903)
Leishmania aethiopica Bray, Ashford & Bray, 1973
Leishmania killicki Rioux, Lamotte & Pratlong, 1986
  • Complexo Leishmania major
Leishmania major Yakimoff & Schokhor, 1914
Leishmania gerbilli Wang, Qu & Guan, 1964
Leishmania arabica Peters, Elbihari & Evans, 1986
Leishmania turanica Strelkova, Peters & Evans, 1986
  • Complexo Leishmania mexicana
Leishmania mexicana Biagi, 1953 (inclui pifanoi Medina & Romero, 1959)
Leishmania amazonensis Lainson & Shaw, 1972 (inclui garnhami Scorza et al., 1979)
Leishmania aristidesi Lainson & Shaw, 1979
Leishmania venezuelensis Bonfante-Garrido, 1980
Leishmania forattinii Yoshida, Cuba, Pacheco, Cupolillo, Tavares, Machado, Homen & Grimaldi, 1993
Leishmania enriettii Muniz & Medina, 1948
  • Subgênero Viannia Lainson & Shaw, 1987
  • Complexo Leishmania braziliensis
Leishmania braziliensis Vianna, 1911
Leishmania peruviana Velez, 1913
  • Complexo Leishmania guyanensis
Leishmania guyanensis Floch, 1954
Leishmania panamensis Lainson & Shaw, 1972
Leishmania shawi Lainson, Braga & de Souza, 1989
Leishmania naiffi Lainson & Shaw, 1989
Leishmania lainsoni Silveira, Shaw, Braga & Ishikawa, 1987
Leishmania lindenbergi Silveira, Ishikawa & de Souza, 2002
Leishmania utingensis Braga, Lainson, Ishikawa et al., 2003
  • Subgênero Sauroleishmania Ranque, 1973 sensu Saf'janova, 1982
  • Leishmania tarentolae Wenyon, 1921
  • Leishmania gymmnodactyli Khodukin & Sofiev, 1940
  • Leishmania adleri Heinsch, 1958
  • Leishmania hoogstraali McMillan, 1965
  • Leishmania guliki Ovezmukhammedov & Saf'janova, 1987
  • Leishmania zuckermani Paperna, Boulard, Hering-Hagenbeck & Landau, 2001
  • Leishmania platycephala Telford, 2009
Seção Paraleishmania
  • Leishmania hertigi Herrer, 1971
  • Leishmania deanei Lainson & Shaw, 1977
  • Leishmania herreri Zeledon, Ponce & Murillo, 1979
  • Leishmania colombiensis Kreutzer, Corredor, Grimaldi, Grogl, Rowton, Young, Morales, McMahon-Pratt, Guzman & Tesh, 1991
  • Leishmania equatorensis Grimaldi, Kreutzer, Hashiguchi, Gomet, Mimory & Tesh, 1992



Patologia

As espécies do gênero determinam doenças do sistema fagocítico mononuclear causando um complexo de patologias denominado de Leishmaniose. Em vista das doenças apresentarem características clínicas e epidemiológicas diversas em cada área geográfica foram consideradas entidades distintas, sendo agrupadas em quatro grupos: Leishmaniose Cutânea, Leishmaniose Mucocutânea, Leishmaniose Cutânea difusa e Leishmaniose Visceral.

Trata-se de enfermidade infecciosa, parasitária, cuja etiologia é dominada por diversas espécies destes protozoários (seres unicelulares):



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