Views

AVISO LEGAL e o Que são Doenças Raras

✔ Doenças Raras Doem® - A palavra doença é derivada do latim dolens, ēntis no sentido de que se aflige, que causa dor, padecimento. É o distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo e está associado a sinais e sintomas específicos.

As informações disponibilizadas nesta página devem ser utilizadas apenas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.

As DRs - Doenças Raras - são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição.
 
O conceito de DR, segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, são doenças que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1.3 para cada 2 mil pessoas.
 
Existem de seis a oito mil tipos de Doenças Raras, em que 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80% têm origem genética. Algumas dessas DRs se manifestam a partir de infecções bacterianas ou causas virais, alérgicas e ambientais, ou são degenerativas e proliferativas.

Férias 2016 - 2017

Férias 2016 - 2017




Sim, vamos tirar alguns dias para descansar, sem atualizações, sem pesquisas. Apenas relaxar um pouco e voltamos logo.

Divirtam-se e nos vemos em Janeiro de 2017!

K.D. Lang - Hallelujah





Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!

brazilsalesforceeffectiveness@gmail.com

✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

Degeneração Hepatolenticular ou Doença de Wilson


Degeneração Hepatolenticular ou Doença de Wilson



Doença rara, autossômica e recessiva, caracterizada pelo depósito de cobre no cérebro, fígado, córnea e outros órgãos.

É causada por defeitos no gene ATP7B, codificador da ATPase 2 transportadora de cobre (EC 3.6.3.4), também conhecida como proteína da Doença de Wilson.

A sobrecarga inevitável de cobre leva a disfunções neurológicas e hepáticas progressivas, como cirrose hepática, tremor, ataxia e deterioração intelectual.

A disfunção hepática pode preceder a disfunção neurológica por vários anos.


Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!


✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

DTNs - Oncocercose

DTNs - Oncocercose



A Oncocercose, também chamada "cegueira dos rios" ou "mal do garimpeiro", é uma doença parasitária causada pelo nematódeo Onchocerca Volvulus, transmitida pela mosca negra, do gênero Simulium.


Ciclo de Vida

As formas adultas parasitam o ser humano, alojando-se em nódulos no tecido conjuntivo, por baixo da pele ou no tecido adiposo formando o oncocercoma. No local eles se reproduzem sexuadamente e durante até quinze anos gerando inúmeras larvas minúsculas ou microfilárias, quase invisíveis a olho nu. Estas disseminam-se aparecendo por todo o corpo: por baixo da pele, dentro dos olhos, na linfa, urina, saliva e liquído céfalo-raquidiano. Algumas surgem no sangue. Algumas maturam-se dentro do corpo em novas localizações produzindo novos nódulos, mas a maioria acaba por morrer devido à ação do sistema imunológico. Contudo a sua produção continua significa que os parasitas existem de forma continua. Quando o borrachudo pica (contém coagulante,e vasodilatadores) os hospedeiros, causam microlesões na pele, devido a temperatura da pele faz com que haja o rompimento da probóscide (músculo do aparelho picador do inseto que contém as microfilárias) e as microfilárias entram em contato com o corpo devido as microlesões causadas pelo inseto. Aí elas maturam-se em formas infecciosas e são injetadas na corrente sanguínea de outra pessoa picada pelo mosquito. As formas adultas então alojam-se nos tecidos do novo hospedeiro e produzem mais microfilárias.



Epidemiologia

Há 18 milhões de infectados no mundo e 99% localizam-se na África. Existe nos países tropicais da África, na península da Arábia, e em menor dimensão na América de clima tropical incluindo muito do território brasileiro.

O principal vetor é a espécie de moscas Simulium Damnosum, que se reproduzem principalmente em rios, pois as suas pupas aguentam as águas móveis. Por esse motivo a doença é também conhecida como cegueira dos rios. Só afeta o ser humano. Nas áreas endêmicas da África antes dos programas de contenção, a infecção repetida levava a que mais de 50% dos homens ficarem cegos antes dos 50 anos, e as crianças eram educadas a considerar esse resultado como o seu futuro normal de todo o mundo.

No Brasil, afetava apenas os Yanomami nos estados do Amazonas e Roraima, na fronteira da Venezuela. Não houve diagnóstico de novos casos de cegueira entre 2000 e 2012.


Progressão e Sintoma

Após cerca de um ano da infecção, surgem os sintomas relativos à reação contra as formas adultas. O seu alojamento debaixo da pele leva à sua encaspulação reativa do organismo, gerando nódulos palpáveis, com cerca de alguns centímetros de diâmetro, mais facilmente detectados contra ossos superficiais, como a crista ilíaca (zona da bacia), escalpe ou costelas. Não há usualmente outros sintomas excepto o possível efeito inestético de alguns nódulos.

O inicio da produção das microfilárias leva ao surgimento de sintomas mais graves. A reação por vezes eficaz do sistema imunológico à sua disseminação pelo sangue e linfa leva ao surgimento de prurido e exantemas (vermelhidão) cutâneas, com perda de elasticidade da pele e surgimento de pápulos, zonas despigmentadas e adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos), além de febre. Se as filárias migrarem para o olho (o que mais tarde ou mais cedo acontece), aí causam reações de cicatrização (fibrose) e acumulação de complexos de anticorpos, que levam primeiro à conjuntivite com fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e eventualmente à perda de visão e finalmente cegueira absoluta, freqüentemente em ambos os olhos. Mas raramente pode ocorrer elefantíase (inchaço extremo) do escroto e membros inferiores se houver nódulos que obstruam os canais linfáticos provenientes dessa região.


Diagnóstico

Os nódulos de parasitas adultos são identificados por técnicas de imagiologia (Tomografia computadorizada ou ecografia) ou por análise microscópica de amostra de biópsia. As microfilárias são detectadas em biópsias da pele, assim como freqüentemente vistas diretamente pela observação do fundo do olho com um oftalmoscópio. Existe ainda uma técnica de detecção do DNA do parasita por PCR.


Tratamento

O tratamento é feito com ivermectina contra as microfilárias, porém é pouco eficaz contra o verme adulto. Utiliza-se remoção cirúrgica dos nódulos dos adultos. As microfilárias eram antigamente tratadas com Antiparasitários, que ainda são usados na prevenção em zonas endêmicas. Contudo a descoberta de que as microfilárias são dependentes de bactérias rickettsias endossimbiontes existentes dentro dos seus corpos, levou ao desenvolvimento da terapia com o antibiótico doxiciclina, que é hoje preferível pelos seus menores efeitos secundários.


Prevenção

O uso de roupas que cobrem a maior parte da pele é aconselhado, assim como repelentes de insetos e redes. Contudo a erradicação dos mosquitos com inseticidas é a única medida a longo prazo, e tem sido praticada em programas da OMS em locais endêmicos, assim como a administração em massa de fármacos antiparasíticos às populações, com bons resultados. Até há alguns anos, os governos tentavam aconselhar as pessoas a terem cuidado com os mosquitos do rio, mas essa campanha levou muitos a abandonar as terras férteis irrigadas e procurar outras menos produtivas onde muitas vezes passavam fome.


Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!


✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

Chicungunha ou Catolotolo ou Chikungunya

Chicungunha ou Catolotolo ou Chikungunya


Chicungunha ou Catolotolo ou Chikungunya é uma infecção causada por um arbovírus, do gênero Alphavirus (Togaviridae), que é transmitido aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes.

Até recentemente havia sido detectado somente na África (onde estava restrito a um ciclo silvestre), na Ásia Oriental e na Índia, onde sua transmissão era principalmente urbana, envolvendo os vetores Aedes Aegypti e Aedes Albopictus.


Etimologia

A Chicungunha é um aportuguesamento de Chikungunya, o nome da doença na língua Kimaconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia e significa “inclinou-se ou contorceu-se de dor”, onde foi documentada a primeira epidemia da doença em 1953. O termo provém da raiz verbal kungunyala, e significa "tornar-se dobrado ou contorcido" (referindo-se à aparência dos pacientes que se inclinam por causa da dor nas articulações que a doença provoca), em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, características da doença. Em Angola (África) a doença é popularmente conhecida por Catolotolo, palavra proveniente do Quimbundo Katolotolu, derivação do verbo Kutolojoka ("ficar alquebrado").


Hoje, a Chicungunha já foi identificada em mais de 60 países na Ásia, África, Europa e nas Américas, e ocorre na África, Ásia e no subcontinente indiano. Nas últimas décadas, os mosquitos vetores da Chicungunha se espalharam pela Europa e pelas Américas. Em 2007, a transmissão da doença foi relatada pela primeira vez durante um surto no noroeste da Itália. Desde então, surtos também foram registrados na França e na Croácia.

Nos continentes americanos, o número de casos reportados até 2015 era de 37.480 e o de suspeitas era de 693.489, sendo 356.079 na Colômbia.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, a letalidade da Chicungunha é rara, sendo menos frequente que nos casos de Dengue.

Por outro lado, a doença gera um grande impacto social por causa do alto número de casos; da incapacidade de trabalhar, às vezes, a longo prazo; das consequências dos efeitos colaterais de medicamentos inapropriados e das consequências da não obtenção de um diagnóstico preciso.

No Brasil, casos da doença foram detectados pela primeira vez em agosto de 2010.



Causa

O vírus Chicungunha é um RNAss - Ácido Ribonucleico de Hebra Simple Vírus, do gênero Togaviridae, esférico, com envelope, arbovírus transmitido por mosquitos Aedes, atualmente encontrado em todos os continentes.


Transmissão

A transmissão do vírus Chicungunha (CHIKV) é feita através da picada de insetos-vetores do gênero Aedes, que em cidades é principalmente pelo Aedes Aegypti e em ambientes rurais ou selvagens pode ser por Aedes Albopictus. Embora a transmissão direta entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da transmissão in utero da mãe para o feto.

O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante. A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas.



Epidemiologia

Casos da febre Chicungunha foram relatados na Tailândia (em 1953), Indonésia, Taiwan, Singapura, Malásia, Sri Lanka, ilhas Maldivas, Quênia (em 2004), Comores (em 2005), Mayotte, Seychelles, Maurícia, Reunião (2005-2006) e Índia (2006), e, em menor intensidade, na Itália, Martinica, Guadalupe, Guiana Francesa, Estados Unidos e Brasil (em 2010).

Um surto de Chicungunha foi relatado em 2006 em Andra Pradexe (Índia), mesma época em que casos alóctones foram relatados em diversos países europeus.

Chegou nas Américas apenas em 2014 e segue expandindo causando uma pandemia. Desde então mais de 1,7 milhões de casos suspeitos notificados à Organização Pan-Americana da Saúde. O diagnóstico é difícil pois é muito similar a outras viroses. Causou surtos recentes (2010-2015) por todas as Américas, Europa, África, China, sudeste Asiático e ilhas do pacífico.

A existência de grandes cidades densamente povoadas onde existam os insetos vetores da doença, bem como o aumento do número de viagens entre países e intercontinentais facilitam a disseminação do vírus.



Brasil

Os primeiros casos confirmados no Brasil, em 2010, referem-se a dois pacientes do sexo masculino (de 41 e 55 anos, em São Paulo) que apresentaram os sintomas depois de uma viagem à Indonésia. A terceira paciente, uma paulista de 25 anos, esteve na Índia.

Em junho de 2014 foram confirmados seis casos no Brasil de soldados que retornaram de uma missão no Haiti. Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, porém, no dia 15 de outubro de 2014, foram confirmados 337 casos no país, sendo 274 apenas na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Em 2015 ocorreu um surto na América do sul nos primeiros quatro meses deste ano com estimativa de 10 mil casos e 113 mortes. Estima-se que 2.500 desses casos foram no Brasil, a maioria dos casos na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. E até agora em 2016 se encontra casos extremos.



Sinais e sintomas

Os sintomas da febre Chicungunha são característicos de uma virose, e portanto, inespecíficos. Os sintomas iniciais são febre acima de 39º C, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. O diagnóstico diferencial com a febre hemorrágica da dengue é extremamente importante, razão pela qual, ao aparecimento dos sintomas é fundamental buscar socorro médico.

Diferentemente da dengue, doença viral transmitida pelos mesmos mosquitos vetores, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre 6 meses e 1 ano.




Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!


✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

Index 88 Doenças Raras Doem

Index 88 ✔ Doenças Raras Doem®

Acesse 88 Doenças Raras e descubra um pouco mais sobre elas.


























Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!

brazilsalesforceeffectiveness@gmail.com

✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

Síndrome de Morquio ou Mucopolissacaridose IV

Síndrome de Morquio ou Mucopolissacaridose IV




A Síndrome de Morquio ou - MPS IV é uma deficiência imunológica genética rara que pertence ao grupo dos distúrbios de armazenamento de mucopolissacarídeos. É conhecida pela ausência da enzima 6-sulfo-N-acetilhexosaminida sulfatase e excreção de ceratossulfato na urina. A Síndrome de Morquio deve seu nome ao Dr. Morquio, pediatra uruguaio, pois foi em 1929 que descreveu uma família com quatro crianças afetadas. Até hoje não existe cura para os indivíduos afetados pela síndrome. Contudo, há maneiras de ajudar os pacientes a terem qualidade de vida. O transplante de medula óssea tem sido usado no tratamento de alguns pacientes, com pouca expectativa. Os cientistas continuam a procurar maneiras melhores e mais efetivas para tratá-la.

As limitações são muitas principalmente na área de desenvolvimento motor das crianças afetadas. Geralmente os membros superiores e inferiores são muito prejudicados com a síndrome,com inúmeras imperfeições e movimentos muito debilitados.

A criança tem também ossos da face com características específicas da síndrome, como arcada dentária com dentes muito voltados para frente, nariz com pouca cartilagem, rosto arredondado. As crianças geralmente tem o desenvolvimento cerebral quase normal, mas sua maior característica é o crescimento, que geralmente é interrompido antes dos três anos de idade.

Sintomas


  • antecedentes de síndrome de Morquio na família
  • cabeça grande
  • joelho valgo
  • características faciais grosseiras
  • dentes amplamente espaçados
  • tórax em forma de sino, com as costelas afuniladas em direção à região inferior
  • baixa estatura



Fotos no Google


Envie seus comentários e sugestões e compartilhe este artigo!

brazilsalesforceeffectiveness@gmail.com

✔ Brazil SFE®✔ Brazil SFE®´s Facebook´s Profile  Google+   Author´s Professional Profile  ✔ Brazil SFE®´s Pinterest       ✔ Brazil SFE®´s Tweets

HPN - Hemoglobinúria Paroxística Noturna ou Doença de Marchiafava & Michelli

PNH - Hemoglobinúria Paroxística Noturna

A Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) é uma anemia hemolítica crônica adquirida rara, de curso clínico extremamente variável. Apresenta-se frequentemente com infecções recorrentes, neutropenia e trombocitopenia, e surge em associação com outras doenças hematológicas, especialmente com síndromes de falência medular, como anemia aplásica e síndrome mielodisplásica. É considerada ainda um tipo de trombofilia adquirida, apresentando-se com tromboses venosas variadas, com especial predileção por trombose de veias hepáticas e intra-abdominais, sua maior causa de mortalidade.



A tríade Anemia Hemolítica, Pancitopenia e Trombose faz da HPN uma síndrome clínica única, que deixou de ser encarada como simples anemia hemolítica adquirida para ser considerada um defeito mutacional clonal da célula-tronco hematopoética (CTH). A mutação ocorre no gene da fosfaditilinositolglicana classe-A, e resulta no bloqueio precoce da síntese de âncoras de glicosilfosfaditilinositol (GPI), responsáveis por manter aderidas à membrana plasmática dezenas de proteínas com funções específicas. A falência em sintetizar GPI madura gera redução de todas as proteínas de superfície normalmente ancoradas por ela. Dentre elas estão o CD55 e o CD59, que controlam a ativação da cascata do complemento. Assim, na HPN há aumento da susceptibilidade de eritrócitos ao complemento, gerando hemólise. Revisa-se aqui sua fisiopatologia, curso clínico, os tratamentos disponíveis com ênfase para o transplante de células-tronco hematopoéticas alogênicas e para o eculizumab, um anticorpo monoclonal humanizado que bloqueia a ativação do complemento terminal no nível C5 e previne a formação do complexo de ataque à membrana, a primeira droga a demonstrar eficácia no tratamento da HPN.


Fisiopatologia

No final do século XIX, Gull depois Strübing descreveram o caso de pacientes que apresentavam uma hemoglobinúria intermitente acompanhada de hemólise intravascular. Marchiafava e Nazani em 1911, depois Michelli em 1931, estabeleceram o quadro clínico clássico da doença.

Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), ou Doença de Marchiafava & Michelli, é hoje em dia considerada como uma doença da célula-tronco hematopoiética. Desde o início dos anos 80 com o progresso da citometria de fluxo depois, mais recentemente, da biologia molecular conduziram a um avanço do conhecimento da fisiopatologia desta doença rara.

Das primeiras descrições da doença, até o início do século, a sensibilidade anormal dos glóbulos vermelhos (ou hemácias) e a ação lítica do complemento (proteínas do sistema imunitário) foram considerados como as características principais da doença.

No início dos anos 80, vários pesquisadores demonstraram que 2 proteínas inibem a ação do complemento, não estando expressas a superfície dos glóbulos vermelhos dos pacientes com HPN. Estas 2 moléculas são a DAF (decay accelerating factor) ou CD55 e a MIRL (membrane inhibitor of reactive lysis) ou CD59.

Em seguida aos trabalhos que mostraram a deficiência da expressão do CD55 e do CD59, outras deficiências moleculares foram identificadas em pacientes com HPN. Todas estas moléculas tem um elemento estrutural comum : eles são ligados à membrana por uma Glicosil Fosfatidil Inositol (GPI).

Mesmo que as proteínas sejam expressas fisiologicamente à membrana das células sanguíneas, são normalmente sintetizadas, eles não são expressas na HPN pelo defeito da síntese do sistema de ligação à GPI.

Recentemente, uma etapa fundamental na compreensão da doença foi descoberta graças ao grupo do Dr. Kinoshita que demonstrou que a HPN estava ligada a anomalias de um gêne chamado PIG-A. O gêne PIG-A fica situado no cromossomo X.


Estas descobertas fundamentais abriram uma série de estudos moleculares da HPN. Várias equipes demonstraram que as alterações moleculares do gêne PIG-A estão presentes entre todos os pacientes de HPN.


Referências
1. Parker C, Omine M, Richards S, Nishimura J, Bessler M, Ware R, et al.
Diagnosis and management of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood.
2005;106(12):3699-709.
2. Mathieu D, Rahmouni A, Villeneuve P, Anglade MC, Rochant H, Vasile N. Impact
of magnetic resonance imaging on the diagnosis of abdominal complications
of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood. 1995;85(11):3283-8.
3. Ware RE, Hall SE, Rosse WF. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria with onset
in childhood and adolescence. N Engl J Med. 1991;325(14):991-6.
4. Besa EC. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria, in eMedicine. 2007, WebMD.
5. Crosby WH. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria; a classic description
by Paul Strubling in 1882, and a bibliography of the disease. Blood.
1951;6(3)270-84.
6. Parker CJ. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: an historical overview.
Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2008;2008:93-103.
7. Crosby WH. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: relation of the clinical manifestations
to underlying pathogenic mechanisms. Blood. 1953;8(9)769-812.
8. Ham TH, Dingle JH. Studies on destruction of red blood cells. Ii. chronic
hemolytic anemia with paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: certain immunological
aspects of the hemolytic mechanism with special reference to serum
complement. J Clin Invest. 1939;18(6)657-72.
9. Socie G, et al. Paroxysmal nocturnal haemoglobinuria: long-term followup
and prognostic factors. French Society of Haematology. Lancet.
1996;348(9027)573-7.
10. Hillmen P, Young NS, Schubert J, Brodsky RA, Socié G, Muus P, et al. The
complement inhibitor eculizumab in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria.
N Engl J Med. 2006;355(12):1233-43.
11. Bessler M, Hiken J. The pathophysiology of disease in patients with paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria. Hematology Am Soc Hematol Educ Program.
2008;2008:104-10.
12. Brodsky RA. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: stem cells and clonality.
Hematology Am Soc Hematol Educ Program. 2008;2008:111-5.
13. Brodsky RA. Advances in the diagnosis and therapy of paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria. Blood Rev. 2008;22(2):65-74.
14. Sugarman J, Devine DV, Rosse WF, Structural and functional differences
between decay-accelerating factor and red cell acetylcholinesterase. Blood.
1986;68(3):680-4.
15. Shichishima T, Terasawa T, Hashimoto C, Ohto H, Uchida T, Maruyama Y.
Heterogenous expression of decay accelerating factor and CD59/membrane
attack complex inhibition factor on paroxysmal nocturnal haemoglobinuria
(PNH) erythrocytes. Br J Haematol. 1991;78(4):545-50.
16. Smith LJ. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Clin Lab Sci. 2004;17(3):172-7.
17. Walport MJ. Complement. First of two parts. N Engl J Med.
2001;344(14):1058-66.
18. Dacie J. Paroxysmal nocturnal haemoglobinuria> In: The haemolytic anaemias:
congenital and acquired. London: J & A Churchill Ltd; 1967. p.1128-260.
19. Rother RP, Bell L, Hillmen P, Gladwin MT. The clinical sequelae of intravascular
hemolysis and extracellular plasma hemoglobin: a novel mechanism of human
disease. JAMA. 2005;293(13):1653-62.
20. Hillmen P, Muus P, Dührsen U, Risitano AM, Schubert J, Luzzatto L, et al. Effect
of the complement inhibitor eculizumab on thromboembolism in patients with
paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood. 2007;110(12):4123-8.
21. Meletis J, Terpos E. Recent insights into the pathophysiology of paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria. Med Sci Monit. 2003;9(7):RA161-72.
22. Rosse WF. Pathogenesis of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: missing
cell proteins. UpToDate 16.2 [CD] 2008 02/15/2008. [cited 2008 aug 18].
Available from: http://www.uptodate.com/home/index.html.
23. Parker CJ. Bone marrow failure syndromes: paroxysmal nocturnal hemoglobinuria.
Hematol Oncol Clin North Am. 2009;23(2):333-46.
24. Young NS, Scheinberg P, Calado RT. Aplastic anemia. Curr Opin Hematol.
2008;15(3):162-8.
25. De Latour, RP, Mary JY, Salanoubat C, Terriou L, Etienne G, Mohty M, et al.
Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: natural history of disease subcategories.
Blood. 2008;112(8):3099-106.
26. Wang H, Chuhjo T, Yasue S, Omine M, Nakao S. Clinical significance of a
minor population of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria-type cells in bone
marrow failure syndrome. Blood. 2002;100(12):3897-902.
27. Hartmann RC, Jenkins DE. The “sugar-water” test for paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria. N Engl J Med. 1966;275(3):155-7.
28. Brodsky RA. How I treat paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood.
2009;113(26):6522-7.
29. Rosse, WF, Dacie JD. Immune lysis of normal human and paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria (PNH) red blood cells. I. The sensitivity of PNH red cells to
lysis by complement and specific antibody. J Clin Invest. 1966;45(5):736-48.
30. Hall SE, Rosse WF. The use of monoclonal antibodies and flow cytometry
in the diagnosis of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood.
1996;87(12):5332-40.
31. Brubaker LH, Essig LJ, Mengel CE. Neutrophil life span in paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria. Blood. 1977;50(4):657-62.
32. Nishimura J, Kanakura Y, Ware RE, Shichishima T, Nakakuma H, Ninomiya
H, et al. Clinical course and flow cytometric analysis of paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria in the United States and Japan. Medicine (Baltimore).
2004;83(3):193-207.
33. Hall C, Richards S, Hillmen P. Primary prophylaxis with warfarin prevents
thrombosis in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria (PNH). Blood.
2003;102(10):3587-91.
34. Brodsky RA, Young NS, Antonioli E, Risitano AM, Schrezenmeier H, Schubert
J, et al. Multicenter phase 3 study of the complement inhibitor eculizumab for
the treatment of patients with paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood.
2008;111(4):1840-7.
35. Rosse W. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. In: Hoffman R, Shattil SJ,
editors. Hematology: basic principals and practice.New York: Churchill Livingstone:
New York; 2000. p.331-42.
36. Kumpers P, Herrmann A, Lotz J, Mengel M, Schwarz A. A blue kidney--chronic
renal failure as a consequence of siderosis in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria?
Clin Nephrol. 2006;66(3):210-3.
37. Hill A, Hillmen P, Richards SJ, Elebute D, Marsh JC, Chan J, et al. Sustained
response and long-term safety of eculizumab in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria.
Blood. 2005;106(7):2559-65.
38. Franco De Carvalho R, Arruda VR, Saad ST, Costa FF. Detection of somatic
mutations of the PIG-A gene in Brazilian patients with paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria. Braz J Med Biol Res. 2001;34(6):763-6.
39. Bidoia BG. Estudo molecular do gene PIG-A na hemoglobinúria paroxística
noturna [tese]. São Paulo: Escola Paulista, Universidade Federal de São Paulo;
1999.
40. Kinoshita T, Inoue N, Takeda J. Role of phosphatidylinositol-linked proteins
in paroxysmal nocturnal hemoglobinuria pathogenesis. Annu Rev Med.
1996;47:1-10.
41. Pramoonjago P, Wanachiwanawin W, Chinprasertsak S, Pattanapanayasat
K, Takeda J, Kinoshita T. Somatic mutations of PIG-A in Thai patients with
paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood. 1995;86(5):1736-9.
42. Yamada N, Miyata T, Maeda K, Kitani T, Takeda J, Kinoshita T. Somatic mutations
of the PIG-A gene found in Japanese patients with paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria. Blood. 1995; 85(4):885-92.
43. Araten DJ, Thaler HT, Luzzatto L. High incidence of thrombosis in AfricanAmerican
and Latin-American patients with paroxysmal nocturnal haemoglobinuria.
Thromb Haemost. 2005;93(1):88-91.
44. Moyo VM, Mukhina GL, Garrett ES, Brodsky RA. Natural history of paroxysmal
nocturnal haemoglobinuria using modern diagnostic assays. Br J Haematol.
2004;126(1):133-8.
45. Dacie JV, Lewis SM. Paroxysmal nocturnal haemoglobinuria: variation in
clinical severity and association with bone-marrow hypoplasia. Br J Haematol.
1961;7:442-57.
46. Lewis SM, Dacie JV. The aplastic anaemia--paroxysmal nocturnal haemoglobinuria
syndrome. Br J Haematol. 1967;13(2):236-51.
47. Fujioka S, Asai T, Prognostic features of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria
in Japan. Nippon Ketsueki Gakkai Zasshi. 1989;52(8):1386-94.
48. Wang SA, Pozdnyakova O, Jorgensen JL, Medeiros LJ, Stachurski D,
Anderson M, et al. Detection of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria
clones in patients with myelodysplastic syndromes and related bone marrow
diseases, with emphasis on diagnostic pitfalls and caveats. Haematologica.
2009;94(1):29-37.
49. Hillmen P, Lewis SM, Bessler M, Luzzatto L, Dacie JV. Natural history of paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria. N Engl J Med. 1995;333(19):1253-8.
50. Dacie JL. Paroxysmal nocturnal hemoglobinuria: clinical manifestation, haematology,
and nature of the disease. Series Haematol. 1972;3:3-23.
51. Hartmann RC, Jenkins DE Jr, McKee LC, Heyssel RM. Paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria: clinical and laboratory studies relating to iron metabolism and
therapy with androgen and iron. Medicine (Baltimore). 1966;45(5):331-63.
52. Rosse WF. Treatment of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood.
1982;60(1):20-3.
53. Saso R, Marsh J, Cevreska L, Szer J, Gale RP, Rowlings PA, Passweg JR, et
al. Bone marrow transplants for paroxysmal nocturnal haemoglobinuria. Br J
Haematol. 1999;104(2):392-6.
54. De Latour RP, Schrezenmeier H, Mary JY, Baugalupo A, De Souza C, Willemze
R, et al. Stem Cell Transplantation for Paroxysmal Nocturnal Hemoglobinuria:
An on Going Joint Study of the AAWP EBMT Group and the French Society of
Hematology. ASH Annual Meeting Abstracts. Blood. 2008;112(11):3442.
55. Raiola AM, Van Lint MT, Lamparelli T, Gualandi F, Benvenuto F, Figari O, et
al. Bone marrow transplantation for paroxysmal nocturnal hemoglobinuria.
Haematologica. 2000;85(1):59-62.
56. Hegenbart U, Niederwieser D, Forman S, Holler E, Leiblein S, Johnston
L, et al. Hematopoietic cell transplantation from related and unrelated
donors after minimal conditioning as a curative treatment modality for
severe paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Biol Blood Marrow Transplant.
2003;9(11):689-97.
57. Woodard P, Wang W, Pitts N, Benaim E, Horwitz E, Cunningham J, et al.
Successful unrelated donor bone marrow transplantation for paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria. Bone Marrow Transplant. 2001;27(6):589-92.
58. Endo M, Beatty PG, Vreeke TM, Wittwer CT, Singh SP, Parker CJ. Syngeneic
bone marrow transplantation without conditioning in a patient with paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria: in vivo evidence that the mutant stem cells have a
survival advantage. Blood. 1996;88(2):742-50.
59. Kaplan M. Eculizumab (Alexion). Curr Opin Investig Drugs. 2002;3(7):1017-23.
60. Hillmen P, Hall C, Marsh JC, Elebute M, Bombara MP, Petro BE, et al., Effect
of eculizumab on hemolysis and transfusion requirements in patients with
paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. N Engl J Med. 2004;350(6):552-9.
61. Rother RP, Rollins SA, Mojcik CF, Brodsky RA, Bell L. Discovery and development
of the complement inhibitor eculizumab for the treatment of paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria. Nat Biotechnol. 2007;25(11):1256-64.



Fotos no Google

Deixe seus comentários, compartilhe este artigo!


⬛◼◾▪ Social Media ▪◾◼⬛
• FACEBOOK • TWITTER • INSTAGRAM  • TUMBLR   GOOGLE+   LINKEDIN   PINTEREST

⬛◼◾▪ Blogs ▪◾◼⬛
• SFE®  • SFE Tech®  • SFE Terms®  • SFE Books®  • SFE Biography®
⬛◼◾▪ CONTATO ▪
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Vitrine