Foto: Royal Swedish Academy of Sciences
O Nobel de Química de 2017 foi para o trio Jacques Dubochet (suíço) Joachim Frank (alemão) e Richard Henderson (escocês) pelo desenvolvimento de um tipo de crio-microscópio eletrônico, dispositivo que revolucionou a observação de biomoléculas.
O prêmio foi anunciado no dia 04|10|17, na Suécia. Os três cientistas vão dividir o prêmio de 9 milhões de coroas suecas (aproximadamente 3,5 milhões de reais).
A tecnologia desenvolvida em 2013 pelos cientistas permitiu, por exemplo, a visualização de estruturas presentes na superfície do vírus da Zika que não seriam visíveis com outras tecnologias. Uma outra aplicação foi a observação molecular do fenômeno da resistência bacteriana, quando bactérias não mais respondem aos antibióticos disponíveis.
Jacques Dubochet, Joachim Frank e Richard Henderson desenvolveram um microscópio para determinar em alta resolução a estrutura das biomoléculas. Um avanço importante para a produção de produtos farmacêuticos, por exemplo.
A contribuição destes três investigadores tornou possível retratar as biomoléculas e depois de congelá-las muito rapidamente, por meio do método de vitrificação, de modo a que a forma natural seja preservada.
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O Nobel de Química (em sueco: Nobelpriset i kemi) é atribuído anualmente pela Academia Real das Ciências da Suécia a diversos cientistas de diferentes campos da química. É um dos cinco Prêmios Nobel criados a partir de Alfred Nobel em 1895, atribuído pelas notáveis contribuições para a facilitação dos dias de hoje a partir de cinco quesitos: química, física, literatura, paz, fisiologia ou medicina e economia (sendo este último atribuído pelo Banco da Suécia desde 1968 em homenagem a Alfred Nobel). Este prêmio é administrado pela Fundação Nobel, adjudicado por um comité constituído por cinco membros eleitos pelo Academia Real das Ciências da Suécia. O primeiro Nobel de Química foi atribuído em 1901 a Jacobus Henricus van't Hoff, dos Países Baixos, "por sua descoberta das leis da dinâmica da química e pressão osmótica em soluções." A cerimônia na qual é entregue o prêmio é apresentada em Estocolmo, capital da Suécia, em uma cerimônia anual em 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel.
HISTÓRIA
A láurea é dada para o(a) pesquisador(a) responsável pela "descoberta ou aperfeiçoamento químico mais importante".
Até o momento, desde 1901 –primeiro ano da premiação–, só quatro mulheres foram laureadas.
Em oito ocasiões, por conta das duas guerras mundiais, o Nobel de Química não foi entregue. Isso ocorreu nos anos de 1916, 1917, 1919, 1924, 1933, 1940, 1941 e 1942.
Entre as pesquisas premiadas estão a descoberta e trabalho com os elementos químicos rádio e polônio (Marie Curie, 1911 – ela também ganhou um Nobel de Física); a pesquisa sobre ligações químicas (Linus Pauling - 1954); e a contribuição para melhor entendimento do DNA (Frederick Sanger, 1980 – foi o 2º Nobel de Química dele).
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