A linguagem obscena é uma grande parte da vida diária de todos - quer queiramos, gostemos, desejemos ou não. Talvez já tenha batido o dedo do pé contra a parede, pisado num lego descalço, ou ficando realmente chateado com uma determinada pessoa ou situação - talvez tenha gritado um palavrão, uma vez em sua vida. Talvez, por ser uma pessoa muito boa e educada, tenha apenas pensado nele. No entanto, já se perguntou sobre as pessoas que não têm absolutamente nenhum controle sobre suas explosões, profanações e xingamentos excessivos? Talvez tenham Coprolalia, um sintoma relacionado à Síndrome de Tourette.
A Síndrome de Tourette, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais. No entanto, ela também apresentava uma característica que apenas 10% dos pacientes com a síndrome têm: a Coprolalia. Quem tem Coprolalia não consegue controlar a fala e pronuncia palavrões ou observações socialmente inapropriadas. O nome do distúrbio vem do grego Copros (fezes) e Lalia (falar). Os cientistas ainda não sabem a causa da doença, apenas que ela é hereditária. Além disso, não existe cura para Coprolalia, porém o paciente pode fazer um tratamento com Botox nas cordas vocais. Ele não impede que o paciente fale as obscenidades, mas que controle o volume do que que é vocalizado.
Você se lembra da mulher que falava palavras obscenas involuntariamente no filme Gigolô por Acidente (1999)? Ela tinha a Síndrome de Tourette, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais. No entanto, ela também apresentava uma característica que apenas 10% dos pacientes com a síndrome têm: a Coprolalia.
A palavra Coprolalia deriva da palavra grega κόπρος (kopros), o que significa “fezes”, e λαλιά (lalia) que significa “falar”.
Os cientistas ainda não sabem a causa da doença, apenas que ela é hereditária. Além disso, não existe cura para Coprolalia, porém o paciente pode fazer um tratamento com Botox nas cordas vocais. Ele não impede que o paciente fale as obscenidades, mas que controle o volume do que é vocalizado.
O que causa Coprolalia?
Tem sido associada a mesma “fiação defeituosa” do mecanismo inibitório que é responsável por movimentos involuntários de pessoas com Síndrome de Tourette. Para simplificar: a razão é neurobiológica, e nada mais.
As características da Coprolalia podem ser um pouco difícil para alguém que não entende o transtorno. Isso é porque o indivíduo com o transtorno deixa escapar palavras e frases culturalmente e socialmente insensíveis . No entanto, quando o indivíduo afetado com o distúrbio faz isso, prestar atenção à sua voz pode ser um indicador-chave. A maioria das obscenidades são normalmente faladas em um tom mais alto de voz, tom liso, ou um tom diferente do numa conversa normal e regular. O indivíduo também pode repetir a palavra ou frase de forma contínua, que mais tarde possa causar desconforto às pessoas ao seu redor, e a própria pessoa.
Coprolalia e o Cérebro
Mesmo que essa aparente maldição seja desaprovada na sociedade, o psicólogo Timothy Jay pensa que o uso excessivo de palavrões não é algo para se envergonhar. Timothy Jay e Kristin Jay do Colégio Marista têm uma hipótese para aqueles conhecidos por usarem muitos palavrões e estarem mais propensos a citá-los em seu vernáculo.
Coprolalia e outros distúrbios
A Coprolalia pode manifestar-se associada a outras doenças mentais, além da Síndrome de Tourette. Ela pode vir acompanhada por outros transtornos mentais, como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), e em casos raros: Esquizofrenia , e outra perturbação psiquiátrica chamada Síndrome de Lesch-Nyhan.
Coprolalia vs Copropraxia
Em vez de um indivíduo ter explosões vocalizadas, a Copropraxia descreve tiques involuntários que fazem um indivíduo realizar toques impróprios, gestos obscenos, ou qualquer outra coisa considerada ofensiva.
A Copropraxia é um sintoma muito raro de se ver numa pessoa que tenha sido diagnosticado com a Síndrome de Tourette.
Você conhece alguém com Coprolalia? Você tem Coprolalia? O que é um dia normal para você? Deixe-nos saber nos comentários abaixo!
Referências:
Crew, B. (2015). People who curse a lot have better vocabularies than those who don’t. Retrieved from https://www.sciencealert.com/people-who-curse-a-lot-have-better-vocabularies-than-those-who-don-t-study-finds
GoodTherapy.Org. (n.d). Coprolalia. Retrieved from http://www.goodtherapy.org/blog/psychpedia/coprolalia
MedicineNet.Com. (n.d). Medical definition of coprolalia. Retrieved from http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=12349
New Jersey Center for Tourette Syndrome (n.d). Coprolalia, Part 1: The nature of coprolalia
Pearl, S.L & Cohen, J.E. (n.d). Understanding Coprolalia: A misunderstood symptom.
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Na família tenho uma pessoa que se põe a xingar excessivamente alguém. Porém não é descontextualizado, sempre tem um contexto, mas é um xingamento tão excessivo que as pessoas ao redor se sentem mal e já vi a própria pessoa, após um 'ataque' de insultos a alguém, dizer com ar de quem se percebe: "que tiro foi esse?kkk" e ela mesma rir disso. Me parece algo descontrolado, pois apesar de ser uma pessoa aparentemente espiritualizada, que em momentos fala maravilhas, no minuto seguinte pode estar diabolizando o outro (de quem não gosta), com insultos pesados e sem nenhum senso de autocrítica, como se o xingar lhe aliviasse a tensão. Criou a família assim, com esta cultura do xingamento, mas se percebe que após adultos, os familiares se 'civilizaram'e a pessoa, parece que na velhice só piora.
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