Você já sonhou que milhares de insetos estivessem infestando seu corpo?
Algumas pessoas têm esta sensação com certa frequência. Elas são portadoras da Síndrome de Ekbom, também chamada de Delírio Parasitose. O indivíduo acredita que sua pele foi invadida vermes, pulgas, ácaros e outros bichos.
A Síndrome de Ekbom é uma forma particular de psicose, cujas alucinações geralmente são táteis e visuais.
No ano de 1894, Thibierge descreveu um quadro de delírio de infestação parasitária, denominando-o acarofobia. Posteriormente, em 1937 a 1938, o neurologista austríaco Karl Axel Ekbom descreveu sete mulheres idosas que possuíam convicção de estarem parasitadas por vermes, caracterizando o quadro da síndrome em questão, que foi então nomeada em homenagem ao neurologista. Este termo também é utilizado por alguns como sinônimo da Síndrome das Pernas Inquietas, ou Síndrome de Ekbom-Wittmaack.
A ideia delirante e persistente de estarem sendo parasitadas por vermes levam os pacientes a se automutilarem, coçando, cortando e lesionando a pele, com o intuito de eliminar os parasitas. Essas lesões recebem o nome de dermatiti artefacta. Existem autores que consideram esta desordem como sendo o medo que algumas pessoas desenvolvem de que o corpo seja infestado por insetos, enquadrando esta síndrome como psicose hipocondríaca monossintomática.
As manifestações clínicas envolvidas nesta síndrome podem variar de sintomas psicóticos e delírios a sintomas fóbicos e obsessivos. Também pode ser observada neurite periférica, diabetes mellitus e demência. Além disso, é comum que os pacientes demonstrem caixas debris, tecidos descamativos, cabelos, crostas, poeira, folhas, partes de insetos, dentre outros detritos que adiram às lesões, levando-os ao médico na tentativa de provar que estão sendo parasitados, fato conhecido como o “sinal da caixa de fósforo”.
A capacidade de descrever os parasitas com detalhes e até desenhá-los é outro componente da síndrome. Quando esses pacientes não se isolam socialmente são capazes de induzir o transtorno psicótico em outra pessoa (folie à deux), o que corresponde de 5 a 25% dos casos. Pesquisas apontam que as mulheres induzem mais do que os homens.
O delírio acomete idosos e mulheres com maior frequência. Ele está relacionado com transtornos psíquicos, alterações cerebrais e ao uso de drogas.
Essa síndrome já foi chamada de “Inseto da Cocaína”, pois os usuários desta droga sentem os sintomas da doença com frequência. Ainda não existe um único tratamento para o distúrbio. Geralmente, os pacientes recebem medicações similares às das pessoas com Esquizofrenia.
Deixe seus comentários, compartilhe este artigo!⬛◼◾▪ Social Media ▪◾◼⬛⬛◼◾▪ Blogs ▪◾◼⬛• SFE® • SFE Tech® • SFE Terms® • SFE Books® • SFE Biography®
Nenhum comentário:
Postar um comentário