Anemia de Fanconi ou Síndrome da Pancitopenia de Fanconi
A Anemia de Fanconi (AF) é uma doença genética que afeta crianças e adultos de todos os grupos étnicos. A doença foi nomeada pelo pediatra suíço que originalmente descreveu esta desordem, Guido Fanconi. Não deve ser confundida com a Síndrome de Fanconi, uma desordem renal também nomeada por Fanconi.
A AF é caracterizada por estatura baixa, anomalias no esqueleto (rádio e cúbito), incidência aumentada de tumores sólidos e leucemias, insuficiência da medula óssea progressiva (anemia aplástica), alterações renais (rim em ferradura, rim pélvico agenesia de ureter) e susceptibilidade celular para os agentes que afetam as ligações cruzadas do DNA, tal como a mitomicina C.
Pelo menos 13 defeitos que causam AF foram descritos em diferentes genes: FANCA, FANCB, FANCC, FANCD1, FANCD2, FANCE, FANCF, FANCG, FANCI, FANCJ, FANCL, FANCM e FANCN.
O FANCB está presente no cromossomo X, sendo portanto a única exceção descrita à doença ser autossómica recessiva.
O transplante de medula óssea ou de sangue do cordão umbilical é o tratamento principal, com uma eficácia relativa, da falência hematológica típica da AF. Embora não seja ainda eficaz, parece que a terapia celular com células estaminais isoladas e caracterizadas é uma abordagem promissora nos doentes com AF. A análise por hibridização somática in situ, seguida da pesquisa de complementação para a resposta citotóxica a agentes formadores de ligações cruzadas (cross-linking) de ADN, usando linhas celulares linfoblastóides, levou à identificação de 8 grupos de complementação (FANCA-FANCH), pensando-se que cada um representaria um único gene. Até hoje, foram clonados 6 genes FANC. Ainda não existe um modelo preciso e unificado dos mecanismos bioquímicos responsáveis pela AF. As funções dos diferentes genes FANC não são ainda conhecidas.
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